O que é o amor?
Essa é uma pergunta que nos fazemos várias vezes durante a vida. Quando eu era apenas
um bebê amor era mãe, era cheirinho de bolo quente saindo do forno, era feijão
da vovó era abraço de pai e riso de família. Então, eu cresci um pouco e amor
virou novela, filme, conto de fada, virou príncipes e princesas beijando-se no final
de histórias com um ‘the end’ cintilante acima deles prometendo que a
felicidade daquele beijo seria eterna. Aos onze anos eu gostava de jogos e esportes,
a maioria das garotas já usavam sutiã e roupas curtas pra chamar atenção dos
amiginhos com que faziam trabalho em grupo. Eu? Eu só queria ser a melhor, era
esse meu jeito de ser notada. Então, amor era vencer sempre, até que alguém me
notasse. O tempo passou e me tornou, finalmente, uma mulher. E então, amor era
desejo, era fazer com que quisessem mais a mim que todas as outras. E quando
percebi que sempre haverá alguém tentando tomar o meu lugar, amor virou
vingança, fazer sofrer. Hoje, amor pra mim é viver, é experimentar, é dançar,
cantar, sorrir ao lado de quem você escolheu pra ser alvo de seu amor, é saber
que amanhã amor pode ser outra coisa e mesmo assim só pensar em amar o amor de
hoje.