sexta-feira, 25 de abril de 2014

Alvin e o Arco- íris

Havia uma cidade distante, ela era habitada por homenzinhos baixinhos e redondos. Era uma cidade grande e que continuava a crescer, como bolinho fofo no forno. Nela haviam muitas maquinas estranhas criadas pelos homenzinhos. Essas eram todas movidas a vapor, e a queima da lenha deixava o céu tão cinzento, que parecia que um diluvio cairia a qualquer momento,mas era só fumaça. A cidade tinha muitos prédios grandões e casas gigantes, os homenzinhos as faziam crescer -como se competissem, entre si, quem teria a maior-. Mas existia também na cidade um homenzinho diferente. Ele era magro e meio quadrado, diferente de todos os outros. Bem, esse era o Alvin. Alvin era um garoto que crescera no orfanato próximo a cidade, ele não se importava em ter uma casa grande, passava os dias com sua câmera fotográfica tirando fotos de um mundo só seu. Enquanto muitos fugiam da floresta escura, Alvin morava nela e registrava cada segundo e cada beleza que seus olhos viam. Suas fotos era motivo de alegria, ele sempre visitava o orfanato onde crescera e se divertia muito contando como conseguira as imagens as pobres crianças dali. Na cidade, um homem velho e ambicioso levou os moradores uma noticia que interessou a todos. - O ouro está no fim do arco-íris...- dizia ele. - Ouro suficiente pra construir quantos prédios quiserem-. Mas ninguém nunca vira um arco-íris ali, com tanta fumaça, nunca viram nem mesmo estrelas. -Porém, para conseguir o ouro temos que ir a floresta e enfrentar os males da natureza!- disse o velho como se falasse de algo horrível demais. Os homenzinhos, tomados pela fome de ouro, se reuniram todos e foram a floresta. Lá acharam o tal arco-íris, mas a ambição era tanta que mal notaram sua beleza e só se importaram em procurar seu fim. Alvin apenas parou, observou e fotografou todas aquelas cores. Antes que os homenzinhos pudessem chegar ao fim, o arco-íris desapareceu e eles voltaram decepcionados. Quando chegaram próximos a Alvin, os homenzinhos se encantaram com as belas imagens que  ele colocava em molduras e perguntaram - Mas o que é isso?- O homenzinho quadrado então lhes respondeu - Isso é o arco-íris!-. Cada homenzinho redondo comprara um foto de Alvim e  assim, cada um deles tinha um pedacinho do arco-íris em seu lar. E com o fim do arco-íris, as sacolas de Alvin estavam cheias de ouro. Ouro que ele usou para ajudar as crianças que, como ele não tivera antes, também não tinham um lar para pendurar um pedacinho do arco-íris na parede.

Texto dedicado ao meu amigo Rafael Crisóstomo.

terça-feira, 15 de abril de 2014

O vermelho da lua

15 de abril de 2014
 Hoje a lua não terá para si apenas o brilho de sempre... Não será só como uma imensa pérola no céu, que deslumbra os olhares amantes a observarem abraçados trocando os mais afetuosos beijos que se têm em si. Hoje ela terá cor de sangue, será escarlate, será sombria...
Lembro da minha vó, que contava a velha história da Lua e seu amante Sol, que nunca se encontram por ela pertencer a noite e ele ao dia. E me pergunto, por que pensar que a Lua está banhada de sangue? Por que não imaginar que ela só quis passar batom pra agradar o seu amante Sol?