sábado, 10 de janeiro de 2015

The Truth

"A verdade meu jovem é que, na maioria das vezes, se as pessoas soubessem as consequências dos seus atos no momento em que os realizam, elas continuariam fazendo. E é por isso que admiro  as pessoas que não tentam mudar seu passado, elas sabe que agiriam igual." Era o que dizia o velho enquanto arrumava seu chapéu e aguentava a dor de ama-la, consequência que escolheu pra si.

Como chuva

"O amor é como chuva de verão, que vem de repente pra arrancar sorrisos do sertanejo", dizia ele enquanto eu fugia com meu guarda chuva em direção a minha casa. Ao chegar adormeci no sofá da sala e sonhei, sem perceber a goteira acima de mim.

Ela





Quem é ela? Ela é uma lua de infinitas fases. Fases que duram semanas ou, quem sabe, um minuto. Ela é onda que beija o paredão de rochas e retorna ao mar sem dizer “tchau”, por não gostar de despedidas. Mas também é a louca que sempre retoma um assunto após um “ate logo”, por medo que esse vire um “adeus”. Ela é quem reclama do seu jeito, mas te quer como você é a cada dia mais. Ela é o orgulho besta que não mudar de ideia, mas pede desculpa por ser assim. 
Ela? Ela é como um raio de sol em manhã nublada. Que trás esperança de um dia ensolarado? Não mesmo, é assim apenas por não se vê nuvem. Ela é neblina, sereno, garoa, pequena tempestade, que pode ser deliciada sem guarda chuva.  Ela é a terra que te soterra vivo, e também a mão que te salva. Ela é como um antigo gravador, capaz de esquecer-se de ler o lembrete que pregou na geladeira sobre algo importante, mas que se lembra de cada detalhe ao seu lado.   
Ela é mapa, que leva lugar algum. Ela é ursinho sorridente esquecido na prateleira, que de tanta poeira mudou de cor e mesmo assim sorrir. Ela é revolver, que dispara até sem munição. É trilha em mata devastada. Ela é tudo que você não quer, mas talvez o que você precisa.

Texto dedicado a Ana Claudia, minha melhor amiga, e talvez um pouco "ela" assim como eu.